Pequena observação inicial: Gostaria de explicar que vou utilizar meu espaço aqui no blog dos editores de uma maneira bem informal, para contar como foi o making off da entrevista (quais foram minhas dúvidas existenciais haha), afinal, por mais que (teoricamente) busquemos sempre a objetividade jornalística em todos os tipos de textos, acredito que a entrevista (ainda mais a velha amiga feita em "ping-pong") seria o gênero em que a objetividade mais se mantém, por ser bem direto o bate e volta de perguntas e respostas, sem dar muita oportunidade ao jornalista de "direcionar" seu olhar ao longo do texto. (Confesso que talvez seja por isso que adoro escrever aquele textinho inicial antes da entrevista para preparar o leitor para o que ele irá ler!).
Vams lá então!
A primeira vez que entrei em contato com as ideias do médico psiquiatra e sexólogo, Joaquim Zailton Motta, foi durante um dos encontros do Café Fílosófico, na CPFL em Bauru. Adoro escrever, ler, conversar, pesquisar (para tentar entender) sobre os temas que envolvem os relacionamentos humanos, e o módulo "O meu mundo caiu" do Café me chamou a atenção porque tratava exatamente sobre as desilusões, idealizações, crises e (re)pulsão amorosa e sexual.
Achei mais interessante ainda quando no final da palestra o doutor Motta falou sobre o GEA, um Grupo de Estudos criado sobre o Amor. Pensei na hora: "Tentar estudar e entender o 'amor nos tempos de cólera'". É isso o que sinto (e o que me instigou a fazer a entrevista): uma certa dificuldade em como caracterizar e lidar com um sentimento tão concreto (pelo menos era essa a ideia que tinha) numa contemporaniedade, na qual (vou parafraser Bauman) tudo é efêmero.
Claro que me apreveito das vantagens (liberdades?) possibilitadas pela modernidade mas parece que as pessoas começam algo já pensanddo em seu término, não há regrinhas básicas de "como agir" porque as pessoas não sabem que tipo de relacionamento estão levando em meio há tantas possibilidades, não sabemos em que chão eu pisamos, as DRs tornam-se caretas, tudo pode, tudo vale (passando por cima dos conservadores, é claro), tudo em nome do hedonismo. Não critico a atual situação e não quero nada de saudosismo conformista, a única coisa que bucava ao fazer a entrevista era levar algumas de minhas dúvidas para serem sanadas por um especialista no assunto. Espero que tenha respondido algumas das dúvidas de vocês também!
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